domingo, 27 de março de 2011

deZamores

Quem ama sabe
O que não sabe, finge
O que não finge, desconhece
Quem desconhece, não sente.

Não sente o frio na barriga 
Nem o súbito pulsar
Não entende o quão difícil
É a dúvida do "será?".

O que percebe tem descanso
Num olhar apaixonado
Não é preciso muita coisa
Basta estar ao lado.

Intolerante à desconfiança
Comove-se com um suspiro
Não se perde na lembrança
Na tormenta é um alívio.

Zeloso e paciente
Não aponta os defeitos
Aceita-os como presente
Pois sabe que não é perfeito.

O toque das mãos
O encontro do olhar
Há um mistério, um encanto
Já não consigo disfarçar.

Sorriso mais belo que o meu
Está para ser fabricado
Junto dele estou no apogeu
É o amor que me foi regalado.

Num propósito comum
Segue-se a bela história
Dois que se tornam um
E o antes fica na memória.

Amor amado
Amado amor
Apaixonei-me por um desajustado
E desajustei-me em temor.

No mínimo tenho dezamores
Enfermidade para qual não anseio cura
Amo em pelo menos dez estrofes
Mas creio que isso não é loucura.

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