segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O amor da madrugada - parte 2

Então... seguindo a história iniciada no post anterior:

Desde o dia da declaração dele para mim (16/11/09), as conversas via MSN se tornaram ainda mais frequentes e necessárias. Mensagens trocadas ao longo do dia... alguns telefonemas... Conversávamos bastante e parecia que o assunto nunca acabava.

E se passou segunda, terça, quarta-feira... e começamos a pensar que seria bom e proveitoso um encontro no qual ele pudesse me dizer tudo o que havia escrito antes =)

Eu queria vê-lo e ouvi-lo dizendo tudo o que eu já sabia... mas queria que ele perdesse aquela timidez toda, aquele medo... mas, ao mesmo tempo, eu não queria dar ideia pra ele. Só ia me 'divertir' um pouco e depois dizer que a gente não tinha nada a ver... ele só poderia ser meu amigo, enfim...

Como na sexta-feira seria um feriado e no sábado seguinte, então, eu não trabalharia, resolvemos marcar uma conversinha básica para esclarecer as coisas. Mas a ideia de um lugar não vinha. Não sabia se ele ia ter grana pra me levar a um restaurante chique ou, até mesmo, para um cineminha. Tentei fazer com que ele decidisse o lugar, mas foi em vão... ele começou a dizer que tinha que ser o melhor pra mim. Então, optei por um lugar que é de graça e lindíssimo =)

Urca... 21 de novembro de 2009:

...chegamos lá!
Ele estava me esperando no lugar errado, mas eu o vi a tempo e o encontrei...
Fomos caminhando em direção à praia e eu naquela de "por que eu topei encontrar com esse garoto?"...
Acho que ele estava nervoso... sei lá... 

Sentamos numa pracinha e ficamos olhando as pessoas ir e vir... comentamos sobre o fim de tarde lindo que estava à nossa volta, falamos sobre ideiais de relacionamentos, gostos e afinidades... Eu ri da desculpa esfarrapada que ele deu pra mãe dele... =p

Mas teve uma hora que eu me impacientei e falei:
- Você marcou de encontrar aqui comigo pra quê? 
Ele ficou sério... acho que até teve um princípio de desmaio... mas aí disse:
- Você sabe...
- O quê? (caraaaa... eu quero ouvir de você!!!)
- Tudo aquilo que te falei no MSN...
- Eu não lembro... (às vezes eu sou ridiculamente cruel)
- Eu quero você!

Nessa hora o mundo parou... nos olhamos fixamente nos olhos e eu simplesmente não consegui dizer que não podia tentar nada com ele... que ele não fazia o meu estilo. Eu me devia essa chance... precisava valorizar aquele sentimento.
- Ok! Vou te dar uma chance... vou me dar essa chance.
- =D

Aí você, leitor, acha que depois disso tudo, ao pôr-do-sol, teve aquele lindo primeiro beijo.


Desculpe-me por quebrar essa expectativa. Foi nada disso.
Continuamos conversando... eu falando dos meus planos, como eu gostaria que fosse um namoro e blááá... ele ouviu, argumentou, concordou e blááá...

Aí... a noite chegou e foi passando. Quando vimos, já passava da hora de voltar pra casa.
Corremos a tempo de pegar o Rio Sul aberto e tomar um milkshake...
E, como ele não é um príncipe motorizado, fomos para o ponto de ônibus. Perguntei se ele iria fazer o mesmo caminho da ida pra lá ou se me acompanharia no meu trajeto. Ele disse que iria comigo...

Enquanto isso, vários ônibus que me serviam iam passando... e eu deixava.
- Esse serve. Iiih, esse também... aaah, tá cheio!
- bláblábláblá... whiskas sachê... bláblábláblá...
(ele demorou uns bons minutos para entender minha mensagem subliminar)

Finalmente...
- Então... a gente conversou, acertou que vai tentar e tal, mas...
- Mas o quê? (argumentei, claro!)
- E aí... como fica?
- Meu ônibus tá vindo... tchau!

E aos 48 minutos do segundo tempo, ele me impede de entrar no ônibus, segura o meu rosto e me dá o primeiro de infinitos beijos maravilhosos. 

*-*
Assim, de verdade, começou o nosso relacionamento... 

o primeiro encontro dos olhos, das mãos, dos lábios...

aguardem o próximo post...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O amor da madrugada - parte 1

Não saberia precisar quando TUDO começou, mas sei que muito da nossa relação foi tecido nas noites sem fim que se estendiam via MSN, telefone e até pensamento... Acho que vou contar um pouco do que aconteceu nesses dois anos.

Um pouco de nós dois!
Antes de tudo, uma breve aproximação... contatos surpreendentes via MSN, algumas saudações inusitadas no meio do corredor, alguns olhares suspeitos - mas, até então, eu estava em outro nível e sequer dava brecha. Aos poucos, ele começou a ganhar espaço. Ele sabia escrever (BEM), ele lia, sacava de informática (isso é bom!)...

Eu me lembro do luau, num quatorze de novembro de 2009... eu chegando na igreja, ele acreditando que eu estava de cabelo vermelho. A sua surpresa e a cara de "eujásabia" me chamaram a atenção... o seu olhar que, vez ou outra, esbarrava no meu me fazia pensar "o que esse garoto quer comigo?".

Aí eu vi o mar... e ele de cara pra lá, sem haver trocado uma palavra comigo depois de chegar à praia.
Eu não queria me aproximar, mas por que ele não vinha pra perto de mim?
Como entender o pensamento confuso de uma mulher?! rsrs...

Resolvi dar um passeio e acabei estacionando perto dele... que sequer virou o rosto para me receber, apenas trocou uma e outra palavra. Só que ele não contava com o meu charme e encanto... o que um MP3 não faz, né?! E tocando um monte de músicas, algumas conhecidas (como Djavan - parte crucial da nossa trilha sonora), mas a maioria não. Aí eu desenrolo a língua "caliente" que há dentro de mim - ¡dale español!...

"Yo quisiera ser" - essa foi a música que cantarolando e traduzindo, ele acabou se identificando.

Mas aí já era o dia quinze... estava quase amanhecendo e nada. Apenas o riso compartilhado, o mar apreciado e a lua nos mirando. E eu querendo ver o "pôr do sol" (#abafa).

luau 2009

Amanheceu e fomos embora... pensei que nesse momento ele se daria conta da ótima oportunidade de se aproximar ainda mais de mim. Só que eu nem queria isso... nem sei porque isso me passava pela cabeça. Aí ele se foi... e eu fui sozinha com um certo desgosto; mas ignorei o pensamento.

No dia que se seguiu (15/11), ele tinha que devolver meu notebook consertado - pois bem, isso não foi desculpa; precisava de ajuste e só ele se ofereceu para me ajudar. Enfim... nesse dia, eu até me espantei com a dança que ele apresentou (#rimuito). O pc me foi entregue e eu fiz questão de saber o preço pelos serviços prestados... como um gentil cavalheiro, ele disse que eu não deveria me preocupar com isso.

Mais tarde, insisti em saber o preço do conserto: o computador estava funcionando bem melhor!
Ele brincou, dizendo que depois ele me cobraria isso.
E parecia que a conversa não tinha fim... começamos a conversar por volta das 22h...

Não lembro mais em que ponto surgiu o assunto, mas começamos a discutir sobre relacionamentos, pessoas compatíveis, pessoas que admiramos e afins...
Precisávamos dormir, mas não queríamos sair dali... do nosso mundo em comum. Tanta afinidade, tanto papo assim... por que a gente não tinha conversado antes? Como a gente se dava tão bem?

Chegou o dia 16/11 - uma madruga surpreendente.

Passou-se a primeira hora... e a segunda...
Aí ele me confessou que gostava de alguém... e que eu a conhecia. Contudo, ele não queria estragar a amizade que se estava criando entre os dois. Disse-me que daria tempo ao tempo.

Como eu nem sou curiosa, implorei para que ele me contasse quem era a pessoa... ou pelo menos confirmar se era quem eu pensava (uma menina de quem ele já havia gostado e eu sabia por terceiros...). 

Juro que eu mesma não tinha a menor pretensão de ficar com esse cara... ele era (e ainda é) super estranho, não tinha nada a ver comigo. Mas a amizade estava se alastrando de um modo tão natural, que eu me sentia íntima o suficiente para abusar da confiança que me fora dada.

Mais uma hora se passou e ele começou a desenrolar o mistério... e cada vez mais eu sentia que a menina tão apaixonante e cheia de predicados era eu... mas eu não ia dar chance pra ele. "Tadinho", eu pensei... "se ele se apaixonar por mim, serei obrigada a dizer que ele não passa de um amigo".

Quanto mais ele tentava esconder o nome da menina, mais eu perturbava... e ele, leeeerdo toda a vida, enrolou mais uma hora até me revelar. Mas chegou... aproximadamente às 4 horas da manhã, do dia 16 de novembro de 2009, ele se declarou pra mim. Num misto de prazer e confusão, me senti vencedora e acuada... "como dizer a ele que não vai rolar?". Eu tinha insistido tanto, falei que ia ajudar no que fosse preciso e que ele tinha mais era que tentar, investir nessa menina tão especial. "Agora ferrou!".

Mas que disse que eu falei "não" pra ele?
O que me deu, Senhor?!

A única coisa que pedi foi para que ele repetisse, ao vivo e a cores, tudo o que havia escrito. E um encontro foi marcado.

aguardem a próxima postagem...