quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O amor da madrugada - parte 1

Não saberia precisar quando TUDO começou, mas sei que muito da nossa relação foi tecido nas noites sem fim que se estendiam via MSN, telefone e até pensamento... Acho que vou contar um pouco do que aconteceu nesses dois anos.

Um pouco de nós dois!
Antes de tudo, uma breve aproximação... contatos surpreendentes via MSN, algumas saudações inusitadas no meio do corredor, alguns olhares suspeitos - mas, até então, eu estava em outro nível e sequer dava brecha. Aos poucos, ele começou a ganhar espaço. Ele sabia escrever (BEM), ele lia, sacava de informática (isso é bom!)...

Eu me lembro do luau, num quatorze de novembro de 2009... eu chegando na igreja, ele acreditando que eu estava de cabelo vermelho. A sua surpresa e a cara de "eujásabia" me chamaram a atenção... o seu olhar que, vez ou outra, esbarrava no meu me fazia pensar "o que esse garoto quer comigo?".

Aí eu vi o mar... e ele de cara pra lá, sem haver trocado uma palavra comigo depois de chegar à praia.
Eu não queria me aproximar, mas por que ele não vinha pra perto de mim?
Como entender o pensamento confuso de uma mulher?! rsrs...

Resolvi dar um passeio e acabei estacionando perto dele... que sequer virou o rosto para me receber, apenas trocou uma e outra palavra. Só que ele não contava com o meu charme e encanto... o que um MP3 não faz, né?! E tocando um monte de músicas, algumas conhecidas (como Djavan - parte crucial da nossa trilha sonora), mas a maioria não. Aí eu desenrolo a língua "caliente" que há dentro de mim - ¡dale español!...

"Yo quisiera ser" - essa foi a música que cantarolando e traduzindo, ele acabou se identificando.

Mas aí já era o dia quinze... estava quase amanhecendo e nada. Apenas o riso compartilhado, o mar apreciado e a lua nos mirando. E eu querendo ver o "pôr do sol" (#abafa).

luau 2009

Amanheceu e fomos embora... pensei que nesse momento ele se daria conta da ótima oportunidade de se aproximar ainda mais de mim. Só que eu nem queria isso... nem sei porque isso me passava pela cabeça. Aí ele se foi... e eu fui sozinha com um certo desgosto; mas ignorei o pensamento.

No dia que se seguiu (15/11), ele tinha que devolver meu notebook consertado - pois bem, isso não foi desculpa; precisava de ajuste e só ele se ofereceu para me ajudar. Enfim... nesse dia, eu até me espantei com a dança que ele apresentou (#rimuito). O pc me foi entregue e eu fiz questão de saber o preço pelos serviços prestados... como um gentil cavalheiro, ele disse que eu não deveria me preocupar com isso.

Mais tarde, insisti em saber o preço do conserto: o computador estava funcionando bem melhor!
Ele brincou, dizendo que depois ele me cobraria isso.
E parecia que a conversa não tinha fim... começamos a conversar por volta das 22h...

Não lembro mais em que ponto surgiu o assunto, mas começamos a discutir sobre relacionamentos, pessoas compatíveis, pessoas que admiramos e afins...
Precisávamos dormir, mas não queríamos sair dali... do nosso mundo em comum. Tanta afinidade, tanto papo assim... por que a gente não tinha conversado antes? Como a gente se dava tão bem?

Chegou o dia 16/11 - uma madruga surpreendente.

Passou-se a primeira hora... e a segunda...
Aí ele me confessou que gostava de alguém... e que eu a conhecia. Contudo, ele não queria estragar a amizade que se estava criando entre os dois. Disse-me que daria tempo ao tempo.

Como eu nem sou curiosa, implorei para que ele me contasse quem era a pessoa... ou pelo menos confirmar se era quem eu pensava (uma menina de quem ele já havia gostado e eu sabia por terceiros...). 

Juro que eu mesma não tinha a menor pretensão de ficar com esse cara... ele era (e ainda é) super estranho, não tinha nada a ver comigo. Mas a amizade estava se alastrando de um modo tão natural, que eu me sentia íntima o suficiente para abusar da confiança que me fora dada.

Mais uma hora se passou e ele começou a desenrolar o mistério... e cada vez mais eu sentia que a menina tão apaixonante e cheia de predicados era eu... mas eu não ia dar chance pra ele. "Tadinho", eu pensei... "se ele se apaixonar por mim, serei obrigada a dizer que ele não passa de um amigo".

Quanto mais ele tentava esconder o nome da menina, mais eu perturbava... e ele, leeeerdo toda a vida, enrolou mais uma hora até me revelar. Mas chegou... aproximadamente às 4 horas da manhã, do dia 16 de novembro de 2009, ele se declarou pra mim. Num misto de prazer e confusão, me senti vencedora e acuada... "como dizer a ele que não vai rolar?". Eu tinha insistido tanto, falei que ia ajudar no que fosse preciso e que ele tinha mais era que tentar, investir nessa menina tão especial. "Agora ferrou!".

Mas que disse que eu falei "não" pra ele?
O que me deu, Senhor?!

A única coisa que pedi foi para que ele repetisse, ao vivo e a cores, tudo o que havia escrito. E um encontro foi marcado.

aguardem a próxima postagem...
 

Um comentário:

Felippe L.B. Katan disse...

"O que um MP3 não faz?" O que música não faz?(!) Você sabe que sempre fui apaixonado por música. Era só você chegar perto de mim com um tom mais legal que eu já caía no teu papo =P

Claro que não ia cobrar pelo reparo no notebook. Não em dinheiro, pelo menos...

E eu não era lerdo... só estava esperando o momento certo de revelar os mistérios da minha alma =P