Será que saio daqui triste? Ou feliz? Confuso, talvez? Acho que saio frio.
O ar gelado do ambiente invade-me as narinas, se move até os pulmões e, ali por perto, começa a criar uma bola vermelha de gelo. Não sinto mais aquela pulsação. De alguma forma, meu calor é levado pelo tempo, que, mesmo não sendo dos mais belos, cumpre seu desígnio.
Enquanto permaneço aqui, meu cérebro também começa a ser afetado. Perdendo o calor e a luz que havia nos meus pensamentos, começo a parar de pensar.
Parece a morte. Aquela indolor e silenciosa, mas fria.
Algo chama a minha atenção. Olho, e é como o sol. É uma estrela. Seu brilho e seu calor me tocam. Por mais que esteja distante, ainda sinto seus efeitos.
Um sorriso começa a se formar em meu rosto. Meus olhos ganham uma pequena faísca.
Aquela estrela, que está lá longe, me aquece. Começo a derreter por dentro. Meus pensamentos começam a florescer. Mas ela continua lá. Não se aproxima, não deixa que eu me aproxime. Mas está lá.
Sei que não a alcançarei, nem terei a chance de me banhar na plenitude de suas chamas, mas fico feliz em saber que a estrela lança alguns poucos raios em minha direção.
Estou melhor. Meu coração trabalha, meu sangue se move.
Mas o frio está ali. Me olhando. Esperando que a estrela se esqueça e não mais me aqueça.
2 comentários:
Putz... vai atualizar essa budega aqui não!
Já li esse texto aí umas 200 vezes... é bonito sim... bem poético... ultra-romântico (3ª geração...).
Mas já deu, né?!
Posta outra coisa aí, tio!
bjs
Bem... Comentários incentivam... mas vamos com calma, minha senhora. u.ú
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