quinta-feira, 13 de maio de 2010

Não Morno.

Será que saio daqui triste? Ou feliz? Confuso, talvez? Acho que saio frio.

O ar gelado do ambiente invade-me as narinas, se move até os pulmões e, ali por perto, começa a criar uma bola vermelha de gelo. Não sinto mais aquela pulsação. De alguma forma, meu calor é levado pelo tempo, que, mesmo não sendo dos mais belos, cumpre seu desígnio.

Enquanto permaneço aqui, meu cérebro também começa a ser afetado. Perdendo o calor e a luz que havia nos meus pensamentos, começo a parar de pensar.

Parece a morte. Aquela indolor e silenciosa, mas fria.

Algo chama a minha atenção. Olho, e é como o sol. É uma estrela. Seu brilho e seu calor me tocam. Por mais que esteja distante, ainda sinto seus efeitos.

Um sorriso começa a se formar em meu rosto. Meus olhos ganham uma pequena faísca.

Aquela estrela, que está lá longe, me aquece. Começo a derreter por dentro. Meus pensamentos começam a florescer. Mas ela continua lá. Não se aproxima, não deixa que eu me aproxime. Mas está lá.

Sei que não a alcançarei, nem terei a chance de me banhar na plenitude de suas chamas, mas fico feliz em saber que a estrela lança alguns poucos raios em minha direção.

Estou melhor. Meu coração trabalha, meu sangue se move.

Mas o frio está ali. Me olhando. Esperando que a estrela se esqueça e não mais me aqueça.

2 comentários:

Thalita Clemente disse...

Putz... vai atualizar essa budega aqui não!
Já li esse texto aí umas 200 vezes... é bonito sim... bem poético... ultra-romântico (3ª geração...).
Mas já deu, né?!

Posta outra coisa aí, tio!

bjs

Felippe L.B. Katan disse...

Bem... Comentários incentivam... mas vamos com calma, minha senhora. u.ú