quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Uma História Inesquecível - Pt. II

E o tempo foi passando e levando as certezas embora.

Ela já não sabia mais se era o certo. Ele não consegui mais fazê-la acreditar. Mensagens chegaram dizendo que aquilo não era pra ser. Pelo menos, não naquele momento. Eles conversaram, tentaram, mas, no final das contas, se apartaram.

Ele não queria desistir. Ela também não. Então eles continuaram se encontrando. Se vendo. Se falando. Se beijando. Cada momento que passavam juntos, mostrava que os dois foram feitos um para o outro, mas algo não estava certo. E, com o tempo passando, ele começaram a se distanciar por sua própria vontade.

Decidiram, então, esperar. Mas não conseguiam. Os dois se chamavam, sem palavras, sem som, apenas com os olhares. E eles continuaram se encontrando, escondidos, às vezes, e se amando. O amor continuava forte, o que trazia medo a ela. E se não fosse, mesmo, para acontecer? E se começassem a se entregar e se ferissem mais ainda caso tudo tivesse que acabar.

Foi, então, tomada uma decisão. Os dois não mais se encontrariam. Viveriam suas vidas, procurariam suas pessoas, seriam amigos e, quem sabe, um dia, se encontrassem novamente, quando tudo estivesse certo.

Ele sofreu com essa ideia. Sofreu muito por ter que se afastar de seu amor. Ter de desistir daquela a quem ele tanto queria. Daquela que seria sua por toda vida. Como desistir da própria vida?

Ele tentou. Pediu a Deus que tirasse todo aquele amor de seu coração. Pediu que voltasse ao tempo em que não a conhecia. Pediu para achar a pessoa certa. E Deus ouviu. Mas não respondeu de imediato.

Chorou, várias vezes, quando pensava que estava ficando "livre" e alguma coisa o fazia voltar ao que poderia se tornar uma ferida no coração. Não era, ainda, uma ferida. Por mais que tentasse arrancá-la de si. Não conseguia. Só puxava, sentia a dor lancinante, o frio constante e a alegria se esvaindo.

Acreditou, por um momento, que conseguiria se desvencilhar de tão grande amor. Pensou que, um dia, não sentiria mais essa dor. Achou que viveria feliz sem ela.

Pobre rapaz. Não sabia que estava condenado à morte. E morte por amor.

Mas o tempo passa...

(continua...)

Um comentário:

Thalita Clemente disse...

continua, continua, continuaa... *-*